sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Trabalho Remoto (Teletrabalho)


Por último, vamos ver as definições do Trabalho Remoto, que não deixa de ser uma estratégia de trabalho em grupo, ou equipe, aproveitando dos recursos residenciais, ou de campo, viabilizando o trabalho através dos recursos tecnológicos.

Interessante destacar que a diferença do e-learning e do Trabalho Remoto, é que embora os dois utilizem a Internet como infra-estrutura básica, o primeiro foca no ensino, e o segundo possibilita o profissional trabalhar em qualquer lugar com acesso à Web, inclusive da sua residência (home-office).

O Teletrabalho caracteriza-se por toda função, que independente de localização geográfica, utiliza de ferramentas de comunicação como: telefone, fax, computadores, correio eletrônico e outras Tecnologias de Informação para realizar o trabalho e comunicar com os clientes e/ou empresa.

A própria Organização Internacional do Trabalho (OIT) define como a forma de trabalho efetuada em lugar distante do escritório central e/ou do centro de produção, que permita a separação física e que implique o uso de uma nova tecnologia facilitadora da comunicação.

Existe uma forte tendência mundial ao Teletrabalho, devido a influência das metrópoles, e a fixação do homem em sua residência. As grandes cidades, com seus costumeiros problemas de trânsito, segurança, enchentes, e outros transtornos, desmotiva as pessoas a se deslocarem por elas.

As pessoas fixam-se cada vez mais em seus lares, criando praticamente raízes, tanto para descanso, lazer e mesmo agora para o trabalho.

Por outro lado, as empresas têm custos adicionais para cada funcionário que precisa realizar suas atividades na própria corporação. Existe a necessidade de reservar uma mesa, computador, telefone, utensílios de escritório, etc. Além de ocupar uma certa quantidade de metros quadrados para tudo isso. Portanto, mesmo se a empresa bancar toda essa estrutura para o funcionário trabalhar em casa, existem vantagens obvias na prática do teletrabalho.

Até mesmo a arquitetura tem caminhado nesse sentido. Cada vez mais é comum encontrarmos condomínios com um espaço dedicado dentro das próprias residências, como
escritórios de trabalho com pontos de telefone e de acesso a Internet, iluminação adequada, e um ambiente propício para a elaboração de tarefas.

Em países de primeiro mundo já existe uma grande porcentagem, mais de um terço da mão de obra, que trabalham nessa modalidade. Como a Internet facilita o contato de voz e de imagem, o profissional terá que somente, de tempos em tempos, passar no escritório para prestação de contas, reuniões internas ou com clientes.

Algo que ainda é alvo de discussão é a forma de cobrança desse profissional. Alguns afirmam que é melhor cobrá-lo por projetos e metas, outros por produção, e em alguns casos de funções que exijam mais criatividade ou elaboração mental, acreditam que deva ser dada certa liberdade.

Capacitação Organizacional

Senhores,

encontramos na net a monografia "Educação a Distancia via Internet/Extranet: Estudos de Múltiplos Casos Realizados em Empresas Privadas Brasileiras". O trabalho de conclusão para o mestrado de Tatiana Ghedine na UFRGS que teve como orientador o Professor Henrique Freitas.

Tomamos a liberdade de postar parte do trabalho, o tópico 3.4.1 "Capacitação Organizacional". Leitura super interessante.

Valente, dê uma olhada na monografia o trabalho é realmente brilhante!!!

"Capacitação Organizacional

A educação nas organizações foi até pouco tempo, e ainda é em muitas empresas, uma extensão do aprendizado em universidades, ou seja, o aprendizado é baseado em cursos onde a ênfase é colocada na validação do conhecimento adquirido através de testes e avaliações. Porém, percebe-se que está ocorrendo uma mudança quando a educação corporativa. Esta não está mais tendo somente este foco primário no aprendizado. Agora o aprendizado vem sendo visto como uma mescla entre cursos formais e aprendizado informal, com o teste de conhecimento sendo visto como a melhora na performance do trabalho executado (WELLE-STRAND e THUNE, 2003).

Esta mudança está sendo observada devido ao fato do conhecimento estar se tornando um dos principais recursos organizacionais, pois, como coloca Meister (1999, p. 44), quanto mais produtos passarem a atender padrões semelhantes “a vantagem competitiva irá para as empresas que possuírem a força de trabalho mais bem treinada”. Isto está levando as empresas a investirem cada vez mais em seu capital humano.

Verifica-se, assim, um novo aspecto na criação de uma vantagem competitiva sustentável: o comprometimento direto da empresa com a educação e desenvolvimento de seus colaboradores (MEISTER, 1999), tornando o aprendizado uma estratégia de desenvolvimento organizacional com o objetivo de garantir a sobrevivência da empresa no mercado (ALPERSTEDT, 2000).

Este investimento no capital humano segue claramente uma das abordagens apontadas pela literatura como linha de atuação para promoção da capacitação organizacional: os Centros de Treinamento (CT) e/ou as Universidades Corporativas (UC). Estas abordagens possuem várias diferenças (PEAK, 1997; MEISTER, 1999; ALPERSTEDT, 2000; GERBMAN, 2000) o que torna fácil de distingui-las (Quadro 2).

Peak (1997) e Meister (1999) colocam que um CT tende a ser reativo e descentralizado, enquanto uma UC tem orientação proativa e centralizadora, ou seja, o CT propõe programas de treinamento à medida que estes se tornam necessários, sendo muitas vezes identificada sua necessidade no contexto de um setor específico. Na UC os programas de educação e treinamento são permanentes e orientados com visão no futuro, baseados nos desenvolvimento das competências individuais e coletivas, antecipando e gerando necessidades de melhoria, privilegiando os objetivos estratégicos organizacionais, ainda que orientado para cada negócio dentro da empresa (MEISTER, 1999). Peak (1997) e Gerbman (2000) reforçam esta visão colocando que a UC possui um escopo mais estratégico (buscando o desenvolvimento das competências relacionadas com a estratégia do negócio), enquanto o CT possui um escopo mais tático e operacional.

Quanto ao financiamento, ou origem do investimento dos cursos, no CT a responsabilidade é única e exclusiva da organização (ALPERSTEDT, 2000) o que já não ocorre com as UC, pois estas têm a possibilidade de obter uma nova fonte de renda oferecendo seus cursos ao público externo que compõem sua cadeia de valor (PEAK, 1997; MEISTER, 1999; ALPERSTEDT, 2000) e, com isso, pode obter outra fonte de receita e atingir sua independência financeira, o que não ocorre com os CTs. Porém cabe destacar que inicialmente o investimento em uma UC é feito somente pela organização e geralmente são bem mais elevados dos que nos CTs. Por este motivo as UC são encontradas em sua maioria em grandes organizações.

Quanto ao aproveitamento dos cursos realizados pelos colaboradores algumas UCs estabelecem parcerias com instituições de ensino superior tradicionais, objetivando tornar reconhecidos os créditos dos cursos oferecidos na UC para obtenção de um diploma, uma vez que ainda somente as instituições de ensino superiores têm poder de 17 chancela de diplomas (GERBMAN, 2000; ALPERSTEDT, 2000; TACHIZAWA E ANDRADE, 2003) no Brasil. Meister (1999) coloca que algumas empresas americanas que possuem UC já outorgam seus próprios diplomas, pois são licenciadas pelo Estado para atuar como instituição educacional de ensino.

Na UC, a política de composição dos professores para ministrar cursos de treinamento é variável (PEAK, 1997). Algumas UC entendem que somente “professores universitários titulados podem ministrar aulas; outras utilizam executivos da empresa ou consultores externos; e outras ainda valem-se dos próprios profissionais da empresa, após estes serem submetidos a um treinamento para o desenvolvimento de habilidades didáticas” (ALPERSTEDT, 2000, p. 7). Os executivos destas empresas geralmente possuem cursos de mestrado e doutorado estando aptos para ministra-los. Porém, mesmo assim, recebem, como os outros profissionais da empresa, cursos preparatórios, principalmente se o papel for atuar como facilitador nos cursos realizados online.

Cabe ressaltar que muitas UC e CT contam com instalações próprias e/ou são totalmente ou parcialmente virtuais. Existem, também, UC e CT que utilizam as instalações e/ou profissionais de instituições de ensino superior com as quais geralmente possuem algum tipo de parceria (MEISTER, 1999). Portanto, a localização dos cursos não é um fator que diferencia a UC do CT."

Ensino a Distância x Trabalho Remoto 1


O e-learning é uma modalidade específica do Ensino a Distância (EaD). O EaD é mais amplo por utilizar de outras mídias sem ser necessariamente as digitais (TV, rádio, carta, etc.). Para tanto, o e-learning utiliza a infra-estrutura da Internet, possibilitando ao profissional a capacitação de competências.

Como a nossa ênfase é quanto a aplicações empresariais, daremos um destaque especial para as Universidades Corporativas. Elas são utilizadas normalmente como um recurso das empresas em possibilitar a educação continuada para os seus profissionais.

Outra aplicação para a modalidade de e-learning empresarial, é quando se quer que um estagiário, por exemplo, venha a se capacitar com as tecnologias específicas daquele ramo. As universidades clássicas ficam com a missão de dar a visão geral da área, e as corporativas com as aplicações específicas do setor.

Principalmente em empresas com várias filiais espalhadas geograficamente, essa estratégia vem apresentando resultados excelentes. Além da economia com hospedagem, transporte, tempos de deslocamentos, o ensino fica sendo mais efetivo, pois permite que o profissional se dedique à aprendizagem aonde quiser, e no momento que lhe for adequado.

Basicamente existem duas formas para capacitar alunos através da Web: síncrono e assíncrono. Na modalidade síncrona o alunado estará em tempo real com o tutor (professor), através principalmente de chats, videoconferência, e serviços de mensagens instantâneas.

Por outro lado, no processo assíncrono, o mais utilizado, o acesso aos recursos desejados ocorre no momento que o aluno estiver disponível (através de e-mails, fóruns, sites, etc.). Isso significa que, ao passo que no síncrono o aluno tem que estar presente enquanto perdurar o acontecimento, no assíncrono existe maior liberdade, pois o aluno acessará o material quando lhe convier.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

e-Business x e-Commerce

Ao observarmos mais atentamente ao quadro abaixo iremos identificar os principais tipos de comércio eletrônico. Na horizontal, e na vertical, a letra B representa BUSINESS (Empresas), e a letra C a palavra em inglês CONSUMER (Consumidores). O número 2 no canto esquerdo superior representa o trocadilho, que os americanos adoram, com a palavra TO (para), por ter o mesmo som que o dígito dois (TWO).

Portanto, essa tabela permite visualizarmos todas as possibilidades de realização de negócios eletrônicos entre empresas e consumidores. No primeiro quadrante, o B2B, representa o e-Business, ou seja, os negócios realizados entre as próprias empresas. Temos como exemplos as transações realizadas entre bancos, indústrias e o comércio. No quadrante logo à direita, temos o famoso B2C, também chamado de e-Commerce. Esse já é o clássico mercado que as empresas na Internet fornecem produtos e serviços para nós consumidores. Ou seja, empresas como a Submarino, Americanas, Polishop, etc.

Interessante observar que no B2B existe um grande número de volume financeiro envolvido, devido as empresas movimentarem somas de dinheiro volumosas. Mas por outro lado, a quantidade de transações são pequenas quando comparadas as exercidas no B2C.

De forma oposta, o e-Commerce movimenta um alto número de transações diariamente
realizadas pelos consumidores comprando mercadorias de relativo valor. Portanto, embora tenha a quantidade de transações superior ao e-Business, o volume de dinheiro é inferior ao B2B.

Os outros dois quadrantes referem-se a tipos especiais de comércio na Web. O C2C seria negócios de consumidores para outros consumidores, tipo sites de leilão virtual como o EBay, ou o nosso Mercado Livre.

E o C2B é ainda mais especial !! Negócios promovidos de consumidores para as empresas. O melhor exemplo são alguns testes realizados em empresas aéreas na relação cliente empresa. O consumidor sugere um valor para uma viagem e fica no aguardo, quando a empresa ver que terá um avião com vagas disponíveis pode aceitar a oferta ou não.

Outro gráfico interessante é o que relaciona a facilidade da transação com o valor adicionado pelo serviço on-line (veja a imagem abaixo). Ele demonstra que a compra de um CD ou DVD pela Internet é extremamente fácil, no entanto, a aquisição de uma casa é bastante dificultosa (você compraria ?). Um outro exemplo seria uma passagem aérea aonde é relativamente fácil a transação, e com valor adicionado médio ao se adquirir pela Web.




Internet x Intranet x Extranet



Podemos definir a Internet, de uma forma sintética, como uma rede global de computadores que se comunicam através de um grupo de protocolos – principalmente o TCP/IP. Para adaptar-se as diversas aplicações do mundo empresarial, a Internet criou dois “filhotes”: a Intranet e a Extranet.

Vamos agora definir essas duas variantes da Internet. Uma Intranet seria a plataforma de rede independente, conectando os membros de uma organização, utilizando os protocolos padrões da Internet. E a Extranet é uma extensão privada de uma empresa, podendo usar a sua Intranet corporativa (ou não !), permitindo seus clientes, parceiros e fornecedores acessem seus processos internos, comunicando-se e realizando negócios.

Muitas vezes ocorrem definições errôneas quanto a esses dois conceitos. Acredita-se que uma Extranet seria simplesmente um conjunto de Intranets de uma Instituição. Mas, se olharmos atentamente a definição de Extranet, podemos observar que ela não está necessariamente vinculada a uma Intranet, embora possa utilizar-se de tais recursos.

Outro conceito errôneo é imaginar que um funcionário acessando o site interno da empresa, fora de suas instalações, estará na verdade acessando uma Extranet. O que devemos ter bem claro, em mente, é que a Intranet é dirigida para o seu público interno (funcionários, diretores, proprietários, etc.) enquanto a Extranet tem como objetivo atingir fornecedores, parceiros, clientes, etc. (público externo).

Portanto, a título de ilustrar melhor esses conceitos, vejamos como isso funcionaria acessando um site de um banco qualquer. Uma pessoa que simplesmente esteja analisando em qual banco irá abrir a sua conta corrente, estará acessando o site simplesmente como um usuário geral, ou seja, como qualquer público, portanto estará entrando na Internet.

Se fosse um funcionário do banco, tendo senhas especiais para acessar conteúdos, que dizem respeito somente aos controles internos técnico/administrativos, estará acessando a Intranet da Instituição. Mesmo que para isso tenha que fazê-lo fora da empresa. E na situação de correntista do Banco, como cliente e principal parceiro nesse processo, com a posse de uma senha específica, estará acessando a Extranet. Nenhuma outra pessoa, em principio, poderá acessar esse material, que por questões de segurança, o banco somente libera os dados específicos desse cliente para movimentações.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Gov 2.0 - Inclusão Cívica via Web



"Gov 2.0 é o neologismo para tentativas de aplicar as redes sociais e as vantagens da integração da Web 2.0 para a prática do governo.

Gov 2.0 é uma tentativa de promover processos mais eficazes de prestação de serviços do governo para os indivíduos e empresas. Integração de ferramentas como wikis, desenvolvimento de sites, de redes sociais e o uso de blogs, feeds RRS e Google Maps estão todos ajudando os governos a fornecer informações para as pessoas de uma forma que seja mais imediatamente útil para todos.

Vários esforços tem sido feitos para expôr os dados recolhidos por fontes do governo de forma a torná-lo disponível para mashups." - texto tirado da Wikipedia

No início de set/09 ocorreu em Washington a conferência Gov 2.0 Summit - primeira tentativa de articular a discussão sobre como utilizar o imenso potencial da internet para fortalecer a cidadania e a democaracia. Vale muito a pena entrar no site webcitizen para acompanhar o progresso e as considerações que eles fizeram sobre a conferência.

By the way, quase no final do site aparece uma entrevista com Tim O´Reilly (o mentor da internet livre!!!) muito, mas muito bacana mesmo. Os caras do webcitizen colocaram até a ferramenta de close caption para tradução para o português da entrevista.

O site dos caras é leitura obrigatória e a entrevista também. Vale muito a pena!! Depois falamos sobre o assunto!

Microsoft is Dead - Paul Graham


O texto abaixo foi tirado do site de Paul Graham e feita uma tradução livre dele. Veja o original em http://www.paulgraham.com/microsoft.html

" Abril 2007

Há alguns dias, de repente percebi que a Microsoft estava morta. Eu estava conversando com um juvem recém formado sobre como o Google era diferente do Yahoo. Eu disse que o Yahoo havia mudado desde a sua fundação pelo seu medo da Microsoft. Foi por isso que eles se posicionaram como uma empresa de mídia em vez de uma empresa de tecnologia. Então olhei para seu rosto e percebi que ele não entendeu. Era como se eu tivesse dito a ele o quanto as garotas gostavam de Barry Manilow em meados dos anos 80. Barry quem?

Microsoft? Ele não disse nada, mas eu poderia dizer que ele não acreditava que alguém pudesse ter medo deles.

A Microsoft lançou uma sombra sobre o mundo do software por quase 20 anos, com início no final dos anos 80. Eu me lembro quando foi a IBM antes deles. Eu quase sempre ignorei essa sombra. Eu nunca usei software da Microsoft, por isso só me afetou indiretamente, por exemplo, no spam que recebi de botnets. E porque eu não estava prestando atenção, eu não notei quando a sombra desapareceu.

But it's gone now. Eu posso sentir isso. Ninguém é tem mais medo da Microsoft. Eles continuam fazendo um monte de dinheiro, assim como a IBM, para esse assunto. Mas eles não são perigosos.

Quando a Microsoft vai morrer e de quê? Eu sei que eles pareciam perigosos no final de 2001, porque eu escrevi um ensaio, em seguida, sobre como eles eram menos perigosos do que pareciam. Eu acho que eles foram mortos em 2005. Eu sei que quando fundamos o "Y Combinator" não nos preocupamos com a Microsoft como competidora da empresa que fundamos. Na verdade, nós nunca os convidamos para os dias de demonstração. Nós organizamos para apresentar aos investidores, convidamos o Yahoo, o Google e algumas outras empresas de Internet, mas nunca nos preocupamos em convidar a Microsoft. Também ninguém lá sequer nos enviou um e-mail. Eles estão em um mundo diferente.

O que os matou? Quatro coisas, eu acho, todas ocorrendo simultaneamente em meados dos anos 2000.

A mais óbvia é o Google. Só pode haver um grande homem na cidade, e claramente são eles. O Google é a empresa mais perigosa agora, de longe, em ambos os sentidos bom e ruim da palavra.

Quando o Google tomou a liderança? Eu diria que eles tomaram a liderança em 2005. O Gmail foi uma das coisas que colocou-os no limite. O Gmail mostrou que eles poderiam fazer mais pesquisa.

O Gmail também mostrou o quanto você poderia fazer com software baseado na web, se aproveitou do que mais tarde veio a ser chamado "Ajax". E essa foi a segunda causa de morte da Microsoft: todos podem ver que o desktop está acabado. Agora parece inevitável que as aplicações viverão na web e não apenas e-mail, mas tudo, mesmo Photoshop. Até a Microsoft vê isso agora.

Ironicamente, a Microsoft involuntariamente ajudou a criar o Ajax. O x de Ajax é a partir do objeto XMLHttpRequest, que permite que o browser se comunicar com o servidor no background, enquanto mostra uma página. (Originalmente, a única maneira de se comunicar com o servidor foi para pedir uma nova página.) XMLHttpRequest foi criado pela Microsoft no final dos anos 90 porque precisava dele para o Outlook. O que eles não perceberam era que seria útil para um monte de outras pessoas também, na verdade, para quem quisesse fazer o trabalho web apps como desktop.

O outro componente crítico do Ajax é o Javascript, a linguagem de programação que roda no navegador. Microsoft viu o perigo do Javascript e tentou mantê-lo quebrado pelo tempo que podiam. [1] Mas eventualmente o mundo do código aberto venceu, produzindo bibliotecas Javascript que cresceram sobre os defeitos do Explorer, assim como vegetação cresce sobre arame farpado.

Internet a terceira causa de morte da Microsoft foi a banda larga. Qualquer um que queira pode ter acesso rápido à Internet agora. E quanto maior o cano até o servidor, menos você precisa do trabalho.

O último prego no caixão veio, de todos os lugares, da Apple. Graças ao OS X, a Apple voltou dos mortos de uma forma que é extremamente raro em tecnologia. [2] Sua vitória é tão completa que agora estou surpreso quando me deparo com um computador com o Windows. Quase todos que financiamos na Y Combinator usam laptop Apple. Foi o mesmo na platéia na escola de inicialização. Todas as pessoas da computação usam Macs ou Linux hoje. Windows é para vovós, assim como os Macs costumavam ser na década de 90. Assim, não só o desktop não importa mais, ninguém que se importa com computadores usa Microsoft de qualquer jeito.

E, claro, a Apple Microsoft sobre a correr na música também, com TV e telefones no caminho.

Eu estou contente que a Microsoft está morta. Eles eram como Nero ou Cômodo-mal a única maneira de poder herdado torna possível. Porque lembremos que o monopólio da Microsoft não começou com a Microsoft. Ela o recebeu da IBM. O negócio software esteve enforcado por um monopólio de cerca dos meados dos anos 1950 até 2005.
Uma das razões "Web 2.0" tem um ar de euforia sobre o que é o sentimento, consciente ou não, que essa era de monopólio pode finalmente ter acabado.

Claro que, como um hacker não posso deixar de pensar como uma coisa quebrada pode ser consertada. Existe alguma forma de a Microsoft poder voltar? Em princípio, sim. Para ver como, pensem em duas coisas: (a) a quantia de dinheiro que a Microsoft tem na mão, e (b) Larry e Sergey fazendo as rondas de todos os motores de busca, há dez anos tentando vender a idéia para o Google por um milhão de dólares , e sendo rejeitado por todos.

O fato surpreendente é, hackers brilhantes, hackers perigosamente brilhante que podem ser muito mais baratos, pelos padrões de uma sociedade tão rica quanto a Microsoft. Eles não podem contratar pessoas mais inteligentes, mas eles poderiam comprar tanto quanto eles queiram. Então, se eles quiserem ser um competidor novamente, é como eles poderiam fazê-lo:
Comprar tudo de bom da "Web 2.0" startups. Eles podem conseguir todos por bem menos do que teriam que pagar pelo Facebook.

Colocá-los todos em um prédio no Vale do Silício, rodeada de protecção de chumbo para protegê-los de qualquer contato com Redmond.
Sinto-me seguro em sugerir isso porque eles nunca fariam isso. A maior fraqueza da Microsoft é que eles ainda não percebem o quanto eles "suck". Eles ainda pensam que podem escrever o software em casa. Talvez eles possam, pelo padrão do mundo do trabalho. Mas esse mundo acabou há alguns anos atrás.

Eu já sei o que a reação para este ensaio será. Metade dos leitores vai dizer que a Microsoft ainda é uma companhia enormemente rentável e que eu deveria ser mais cuidadoso ao traçar conclusões baseado no que algumas pessoas pensam da nossa efemera "Web pouco 2,0". A outra metade, a metade mais jovem, se queixará de que isso é notícia velha."

Telemedicina - saiba mais!!



De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS – http://www.who.int/en/), Telemedicina compreende a oferta de serviços ligados aos cuidados com a saúde, nos casos em que a distância é um fator crítico; tais serviços são prestados por profissionais da área da saúde, usando tecnologias de informação e de comunicação para o intercâmbio de informações válidas para diagnósticos, prevenção e tratamento de doenças e a contínua educação de prestadores de serviços em saúde, assim como para fins de pesquisas e avaliações.

A maior parte das especialidades médicas já utiliza tecnologia da informação e comunicação para o desenvolvimento da prática médica a distância. O contínuo desenvolvimento da tecnologia de telecomunicações vem afetando os profissionais de saúde, abrindo novas possibilidades para a colaboração a serviços prestados em regiões muito distantes. Dentre os usos de telemedicina mais conhecidos estão a videoconferência médica, os trabalhos colaborativos e o estudo de casos na área de pesquisa; a educação a distância, a educação continuada, a especialização, o aperfeiçoamento e a atualização na área de capacitação profissional; e a segunda opinião, a consulta on-line e o telediagnóstico por imagem na área de atendimento.

No Brasil, as ações em Telemedicina vêm sendo realizadas desde a década de 90, porém de forma tímida. Um país com dimensões continentais, no entanto, tem muito a ganhar com a formação e a consolidação de redes colaborativas integradas de assistência médica a distância. Benefícios como a redução dos custos com transportes e comunicações e a possibilidade de levar a medicina especializada a regiões remotas do país fazem enorme diferença.

Internet: Web 2.0 x Internet 2.0


O termo Web 2.0 foi criado por Tim O'Reilly, entusiasta do Software Livre, em outubro de 2004, com a seguinte definição adaptada: "... é a mudança para uma “nova” Internet como plataforma, e o entendimento das regras para obter o sucesso nesse novo ambiente. Uma das regras mais importantes é desenvolver aplicativos que aproveitem os efeitos da grande rede, tornando-os melhores, e à medida que mais pessoas os utilizem, aproveita-se da Inteligência Coletiva".

Com isso vivencia-se, de fato, uma nova geração da informática. Primeiramente, na década de 60, os Mainframes, com as suas máquinas de grande porte, atendiam (e ainda atendem) às grandes corporações. Apenas uma empresa com altos recursos financeiros tinha sentido de ter um computador desse tipo. Com o advento do PC (Personal Computer) a computação passou o poder de processamento para o simples cidadão – um computador para cada pessoa, como era o sonho de Bill Gates.

Portanto, historicamente passou-se de grandes computadores direcionados para as empresas gigantes, depois um micro para cada usuário e agora muitos usuários e muitos computadores, numa única rede, ajudando a gerar valor para o cidadão (veja a figura anterior). Nos primórdios da Internet tentava-se explorar, tanto técnica como financeiramente, todas as possibilidades que essa rede mundial poderia fornecer. Com a natural maturidade, a Internet avançou de modelos técnicos e econômicos fracassados, para uma Web de valor mais significativo e efetivo para o usuário.

Essa evolução foi tão significativa, que permitiu a criação de aplicativos extremamente análogos com aqueles que rodam em computadores pessoais, sem a necessidade de nenhuma instalação adicional. Aproveitando dos atuais e disponíveis recursos tecnológicos (popularização da banda larga e desenvolvimento de linguagens novas), a Web 2.0 está praticamente sendo um verdadeiro Sistema Operacional, como se fosse um Windows. Nessa mesma linha de pensamento temos o interessante artigo de Paul Graham com o forte título “Microsoft is Dead”, apresentando a sua visão quanto ao extraordinário avanço do Google e os caminhos incertos que a Microsoft tem perseguido.

Um destaque adicional damos para as atuais interfaces gráficas. Enquanto, no antigo DOS tínhamos uma típica interface 1D, podendo somente navegar na horizontal, avançamos para as de 2D (duas dimensões) no Windows. E atualmente, podemos através de um “filhote” da Web 2.0, o famoso SECOND LIFE (www.secondlifebrasil.com.br) navegar e literalmente voar numa interface 3D. Num curto espaço de tempo todos esses recursos farão mudar a nossa forma de explorar a Internet.

Você acredita que já está disponibilizado para as grandes universidades do mundo a INTERNET 2? Ela se diferencia da Web 2.0, pois enquanto a primeira tem como utilidade a realização de experimentos, principalmente científicos e acadêmicos (com altos índices de tráfego e com novas tecnologias), a segunda se dedica a potenciar os recursos já existentes da atual rede mundial.

Alguns exemplos da Internet 2 seriam a Telemedicina, aonde animais, e em breve seres humanos, sofrem operações por especialistas de qualquer lugar do globo terrestre. E algumas experiências especiais de educação futurística (mouses inteligentes com sensores de temperatura, pressão, umidade para dimensionar aulas mais adequadas, em tempo real, pela Web).

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Cabos Sumarinos - Mapa mundi

Cabos Submarinos


1858 - Primeira comunicação por cabo submarino entre Europa e Estados Unidos.

Um cabo submarino é um meio de transmissão de eletricidade, voz, dados, ou outro sinal utilizando de um cabo especialmente construído para ser instalado sob ou sobre o leito oceânico. Cabos Submarinos podem ser de três tipos: metálico, coaxial ou óptico, sendo que este último é o mais utilizado.

Cabo submarino é um cabo telefônico especial, que recebe uma proteção mecânica adicional, própria para instalação sob a água, por exemplo, em rios, baías e oceanos. Normalmente dispõe de alma de aço e de um isolamento e proteção mecânica especiais.

Este tipo de cabo telefônico é utilizado principalmente em redes internacionais de telecomunicações, que interligam países e continentes. No Brasil, pelo seu tamanho continental, o cabo submarino é utilizado para interconectar toda a sua costa. Seu tipo pode ser metálico, coaxial ou óptico, sendo este último o mais utilizado atualmente.

História do Cabo Submarino

Muito embora existam divergências quanto às datas, o primeiro cabo submarino de que se tem notícia foi um cabo telegráfico lançado em 1851 no Canal Inglês de Dover. Em 1858 foi lançado o primeiro cabo submarino metálico transatlântico interligando a América do Norte e a Inglaterra. O sistema era lento com uma largura de banda capaz de transportar apenas duas palavras por minuto.

Seu funcionamento, no entanto, foi efêmero. O primeiro cabo submarino transatlântico lançado com sucesso só correu em 1866. O número de cabos submarinos metálicos continuou crescendo, mas ainda se limitavam à transmissão de mensagens telegráficas.

O cabo submarino coaxial surgiu em 1956 e permitiu a comunicação de várias pessoas ao mesmo tempo. No início dos anos 70, com o desenvolvimento do cabo óptico e a sua aplicação na comunicação submarina, este meio de transmissão tornou-se a melhor opção.

O primeiro sistema óptico, precursor dos sistemas de cabos submarinos atuais, foi implantado nas Ilhas Canárias em 1982. A era do cabo óptico submarino de longa distância teve início efetivamente em 1988 com o lançamento de um cabo óptico submarino transatlântico entre os oceanos Pacífico e Atlântico (interligando USA, França e Inglaterra) com capacidade de transmissão em massa. (...)

Internet: Web 2.0 x Internet 2.0


Para entendermos como a internet, em um curto espaço de tempo, conseguiu alterar a vida pessoal e profissional de todos, vamos conhecê-la um pouco mais profundamente.
Na nuvem azul, na imagem acima, está representado o conjunto de roteadores existentes na rede mundial, interligando os países, e temos na periferia as principais aplicações da Web.

Um roteador pode-se definir como a um guarda de trânsito inteligente (isso existe?), que direciona os diversos pacotes para as vias de melhor tráfego. Interessante que para interligar fisicamente os pontos geográficos do nosso planeta, várias estratégias “malucas” são utilizadas. Utiliza-se desde dos famosos satélites, até cabos submarinos atravessando os oceanos, e mesmo o recurso das redes sem fio (wireless).

No início das telecomunicações, a mídia (qualquer meio para conexão) uma vez ocupada, ficava bloqueada enquanto estava em uso, e nenhum outro usuário conseguia utilizá-la. Com o avanço da tecnologia, evoluiu-se da “comutação de circuitos” para a revolucionária “comutação de pacotes”. Ou seja, divide-se tudo o que os usuários irão encaminhar em pequenos pacotes misturando-os, e consegue-se assim compartilhar simultaneamente a mídia para todos esses usuários. Portanto, através das três primeiras letras da famosa sigla TCP/IP conseguimos potencializar essas comunicações. E para identificarmos os computadores e roteadores da rede usamos as duas últimas letras, o IP. Seria praticamente como se cada equipamento tivesse um “número de telefone” (IP), para poder ser localizado e identificado pela rede. Um termo bastante utilizado na Web é o download, ou seja, o processo de “baixar” arquivos, música, dados da grande rede. Vamos ver agora, o inverso disso: o upload. O upload na verdade ocorre a todo momento que estamos navegando na Web, no entanto, não percebemos. E é graças ao estudo da quantidade de uploads que fazemos, é que o
SPEEDY, ou mesmo um VIRTUA, somente para citar dois representantes dessa tecnologia,
conseguem dimensionar as tais “bandas (não de ROCK) largas”.

Como fazemos na grande maioria das vezes uploads de pequenas dimensões (ao clicarmos
num link, digitarmos um site para conhecê-lo, pesquisarmos uma palavra-chave num Google, etc.) a banda reservada para isso é pequena. Para tanto, encaminhamos para os principais servidores da Internet essa pequena quantidade de bytes. No entanto, quando baixamos uma página cheia de imagens, texto e som, “extraindo” uma música conhecida da Web, ou mesmo quando atualizamos os nossos e-mails com o monte de arquivos em anexo, a banda necessária é muito maior do que os uploads que fazemos.