sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Trabalho Remoto (Teletrabalho)


Por último, vamos ver as definições do Trabalho Remoto, que não deixa de ser uma estratégia de trabalho em grupo, ou equipe, aproveitando dos recursos residenciais, ou de campo, viabilizando o trabalho através dos recursos tecnológicos.

Interessante destacar que a diferença do e-learning e do Trabalho Remoto, é que embora os dois utilizem a Internet como infra-estrutura básica, o primeiro foca no ensino, e o segundo possibilita o profissional trabalhar em qualquer lugar com acesso à Web, inclusive da sua residência (home-office).

O Teletrabalho caracteriza-se por toda função, que independente de localização geográfica, utiliza de ferramentas de comunicação como: telefone, fax, computadores, correio eletrônico e outras Tecnologias de Informação para realizar o trabalho e comunicar com os clientes e/ou empresa.

A própria Organização Internacional do Trabalho (OIT) define como a forma de trabalho efetuada em lugar distante do escritório central e/ou do centro de produção, que permita a separação física e que implique o uso de uma nova tecnologia facilitadora da comunicação.

Existe uma forte tendência mundial ao Teletrabalho, devido a influência das metrópoles, e a fixação do homem em sua residência. As grandes cidades, com seus costumeiros problemas de trânsito, segurança, enchentes, e outros transtornos, desmotiva as pessoas a se deslocarem por elas.

As pessoas fixam-se cada vez mais em seus lares, criando praticamente raízes, tanto para descanso, lazer e mesmo agora para o trabalho.

Por outro lado, as empresas têm custos adicionais para cada funcionário que precisa realizar suas atividades na própria corporação. Existe a necessidade de reservar uma mesa, computador, telefone, utensílios de escritório, etc. Além de ocupar uma certa quantidade de metros quadrados para tudo isso. Portanto, mesmo se a empresa bancar toda essa estrutura para o funcionário trabalhar em casa, existem vantagens obvias na prática do teletrabalho.

Até mesmo a arquitetura tem caminhado nesse sentido. Cada vez mais é comum encontrarmos condomínios com um espaço dedicado dentro das próprias residências, como
escritórios de trabalho com pontos de telefone e de acesso a Internet, iluminação adequada, e um ambiente propício para a elaboração de tarefas.

Em países de primeiro mundo já existe uma grande porcentagem, mais de um terço da mão de obra, que trabalham nessa modalidade. Como a Internet facilita o contato de voz e de imagem, o profissional terá que somente, de tempos em tempos, passar no escritório para prestação de contas, reuniões internas ou com clientes.

Algo que ainda é alvo de discussão é a forma de cobrança desse profissional. Alguns afirmam que é melhor cobrá-lo por projetos e metas, outros por produção, e em alguns casos de funções que exijam mais criatividade ou elaboração mental, acreditam que deva ser dada certa liberdade.

Capacitação Organizacional

Senhores,

encontramos na net a monografia "Educação a Distancia via Internet/Extranet: Estudos de Múltiplos Casos Realizados em Empresas Privadas Brasileiras". O trabalho de conclusão para o mestrado de Tatiana Ghedine na UFRGS que teve como orientador o Professor Henrique Freitas.

Tomamos a liberdade de postar parte do trabalho, o tópico 3.4.1 "Capacitação Organizacional". Leitura super interessante.

Valente, dê uma olhada na monografia o trabalho é realmente brilhante!!!

"Capacitação Organizacional

A educação nas organizações foi até pouco tempo, e ainda é em muitas empresas, uma extensão do aprendizado em universidades, ou seja, o aprendizado é baseado em cursos onde a ênfase é colocada na validação do conhecimento adquirido através de testes e avaliações. Porém, percebe-se que está ocorrendo uma mudança quando a educação corporativa. Esta não está mais tendo somente este foco primário no aprendizado. Agora o aprendizado vem sendo visto como uma mescla entre cursos formais e aprendizado informal, com o teste de conhecimento sendo visto como a melhora na performance do trabalho executado (WELLE-STRAND e THUNE, 2003).

Esta mudança está sendo observada devido ao fato do conhecimento estar se tornando um dos principais recursos organizacionais, pois, como coloca Meister (1999, p. 44), quanto mais produtos passarem a atender padrões semelhantes “a vantagem competitiva irá para as empresas que possuírem a força de trabalho mais bem treinada”. Isto está levando as empresas a investirem cada vez mais em seu capital humano.

Verifica-se, assim, um novo aspecto na criação de uma vantagem competitiva sustentável: o comprometimento direto da empresa com a educação e desenvolvimento de seus colaboradores (MEISTER, 1999), tornando o aprendizado uma estratégia de desenvolvimento organizacional com o objetivo de garantir a sobrevivência da empresa no mercado (ALPERSTEDT, 2000).

Este investimento no capital humano segue claramente uma das abordagens apontadas pela literatura como linha de atuação para promoção da capacitação organizacional: os Centros de Treinamento (CT) e/ou as Universidades Corporativas (UC). Estas abordagens possuem várias diferenças (PEAK, 1997; MEISTER, 1999; ALPERSTEDT, 2000; GERBMAN, 2000) o que torna fácil de distingui-las (Quadro 2).

Peak (1997) e Meister (1999) colocam que um CT tende a ser reativo e descentralizado, enquanto uma UC tem orientação proativa e centralizadora, ou seja, o CT propõe programas de treinamento à medida que estes se tornam necessários, sendo muitas vezes identificada sua necessidade no contexto de um setor específico. Na UC os programas de educação e treinamento são permanentes e orientados com visão no futuro, baseados nos desenvolvimento das competências individuais e coletivas, antecipando e gerando necessidades de melhoria, privilegiando os objetivos estratégicos organizacionais, ainda que orientado para cada negócio dentro da empresa (MEISTER, 1999). Peak (1997) e Gerbman (2000) reforçam esta visão colocando que a UC possui um escopo mais estratégico (buscando o desenvolvimento das competências relacionadas com a estratégia do negócio), enquanto o CT possui um escopo mais tático e operacional.

Quanto ao financiamento, ou origem do investimento dos cursos, no CT a responsabilidade é única e exclusiva da organização (ALPERSTEDT, 2000) o que já não ocorre com as UC, pois estas têm a possibilidade de obter uma nova fonte de renda oferecendo seus cursos ao público externo que compõem sua cadeia de valor (PEAK, 1997; MEISTER, 1999; ALPERSTEDT, 2000) e, com isso, pode obter outra fonte de receita e atingir sua independência financeira, o que não ocorre com os CTs. Porém cabe destacar que inicialmente o investimento em uma UC é feito somente pela organização e geralmente são bem mais elevados dos que nos CTs. Por este motivo as UC são encontradas em sua maioria em grandes organizações.

Quanto ao aproveitamento dos cursos realizados pelos colaboradores algumas UCs estabelecem parcerias com instituições de ensino superior tradicionais, objetivando tornar reconhecidos os créditos dos cursos oferecidos na UC para obtenção de um diploma, uma vez que ainda somente as instituições de ensino superiores têm poder de 17 chancela de diplomas (GERBMAN, 2000; ALPERSTEDT, 2000; TACHIZAWA E ANDRADE, 2003) no Brasil. Meister (1999) coloca que algumas empresas americanas que possuem UC já outorgam seus próprios diplomas, pois são licenciadas pelo Estado para atuar como instituição educacional de ensino.

Na UC, a política de composição dos professores para ministrar cursos de treinamento é variável (PEAK, 1997). Algumas UC entendem que somente “professores universitários titulados podem ministrar aulas; outras utilizam executivos da empresa ou consultores externos; e outras ainda valem-se dos próprios profissionais da empresa, após estes serem submetidos a um treinamento para o desenvolvimento de habilidades didáticas” (ALPERSTEDT, 2000, p. 7). Os executivos destas empresas geralmente possuem cursos de mestrado e doutorado estando aptos para ministra-los. Porém, mesmo assim, recebem, como os outros profissionais da empresa, cursos preparatórios, principalmente se o papel for atuar como facilitador nos cursos realizados online.

Cabe ressaltar que muitas UC e CT contam com instalações próprias e/ou são totalmente ou parcialmente virtuais. Existem, também, UC e CT que utilizam as instalações e/ou profissionais de instituições de ensino superior com as quais geralmente possuem algum tipo de parceria (MEISTER, 1999). Portanto, a localização dos cursos não é um fator que diferencia a UC do CT."

Ensino a Distância x Trabalho Remoto 1


O e-learning é uma modalidade específica do Ensino a Distância (EaD). O EaD é mais amplo por utilizar de outras mídias sem ser necessariamente as digitais (TV, rádio, carta, etc.). Para tanto, o e-learning utiliza a infra-estrutura da Internet, possibilitando ao profissional a capacitação de competências.

Como a nossa ênfase é quanto a aplicações empresariais, daremos um destaque especial para as Universidades Corporativas. Elas são utilizadas normalmente como um recurso das empresas em possibilitar a educação continuada para os seus profissionais.

Outra aplicação para a modalidade de e-learning empresarial, é quando se quer que um estagiário, por exemplo, venha a se capacitar com as tecnologias específicas daquele ramo. As universidades clássicas ficam com a missão de dar a visão geral da área, e as corporativas com as aplicações específicas do setor.

Principalmente em empresas com várias filiais espalhadas geograficamente, essa estratégia vem apresentando resultados excelentes. Além da economia com hospedagem, transporte, tempos de deslocamentos, o ensino fica sendo mais efetivo, pois permite que o profissional se dedique à aprendizagem aonde quiser, e no momento que lhe for adequado.

Basicamente existem duas formas para capacitar alunos através da Web: síncrono e assíncrono. Na modalidade síncrona o alunado estará em tempo real com o tutor (professor), através principalmente de chats, videoconferência, e serviços de mensagens instantâneas.

Por outro lado, no processo assíncrono, o mais utilizado, o acesso aos recursos desejados ocorre no momento que o aluno estiver disponível (através de e-mails, fóruns, sites, etc.). Isso significa que, ao passo que no síncrono o aluno tem que estar presente enquanto perdurar o acontecimento, no assíncrono existe maior liberdade, pois o aluno acessará o material quando lhe convier.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

e-Business x e-Commerce

Ao observarmos mais atentamente ao quadro abaixo iremos identificar os principais tipos de comércio eletrônico. Na horizontal, e na vertical, a letra B representa BUSINESS (Empresas), e a letra C a palavra em inglês CONSUMER (Consumidores). O número 2 no canto esquerdo superior representa o trocadilho, que os americanos adoram, com a palavra TO (para), por ter o mesmo som que o dígito dois (TWO).

Portanto, essa tabela permite visualizarmos todas as possibilidades de realização de negócios eletrônicos entre empresas e consumidores. No primeiro quadrante, o B2B, representa o e-Business, ou seja, os negócios realizados entre as próprias empresas. Temos como exemplos as transações realizadas entre bancos, indústrias e o comércio. No quadrante logo à direita, temos o famoso B2C, também chamado de e-Commerce. Esse já é o clássico mercado que as empresas na Internet fornecem produtos e serviços para nós consumidores. Ou seja, empresas como a Submarino, Americanas, Polishop, etc.

Interessante observar que no B2B existe um grande número de volume financeiro envolvido, devido as empresas movimentarem somas de dinheiro volumosas. Mas por outro lado, a quantidade de transações são pequenas quando comparadas as exercidas no B2C.

De forma oposta, o e-Commerce movimenta um alto número de transações diariamente
realizadas pelos consumidores comprando mercadorias de relativo valor. Portanto, embora tenha a quantidade de transações superior ao e-Business, o volume de dinheiro é inferior ao B2B.

Os outros dois quadrantes referem-se a tipos especiais de comércio na Web. O C2C seria negócios de consumidores para outros consumidores, tipo sites de leilão virtual como o EBay, ou o nosso Mercado Livre.

E o C2B é ainda mais especial !! Negócios promovidos de consumidores para as empresas. O melhor exemplo são alguns testes realizados em empresas aéreas na relação cliente empresa. O consumidor sugere um valor para uma viagem e fica no aguardo, quando a empresa ver que terá um avião com vagas disponíveis pode aceitar a oferta ou não.

Outro gráfico interessante é o que relaciona a facilidade da transação com o valor adicionado pelo serviço on-line (veja a imagem abaixo). Ele demonstra que a compra de um CD ou DVD pela Internet é extremamente fácil, no entanto, a aquisição de uma casa é bastante dificultosa (você compraria ?). Um outro exemplo seria uma passagem aérea aonde é relativamente fácil a transação, e com valor adicionado médio ao se adquirir pela Web.




Internet x Intranet x Extranet



Podemos definir a Internet, de uma forma sintética, como uma rede global de computadores que se comunicam através de um grupo de protocolos – principalmente o TCP/IP. Para adaptar-se as diversas aplicações do mundo empresarial, a Internet criou dois “filhotes”: a Intranet e a Extranet.

Vamos agora definir essas duas variantes da Internet. Uma Intranet seria a plataforma de rede independente, conectando os membros de uma organização, utilizando os protocolos padrões da Internet. E a Extranet é uma extensão privada de uma empresa, podendo usar a sua Intranet corporativa (ou não !), permitindo seus clientes, parceiros e fornecedores acessem seus processos internos, comunicando-se e realizando negócios.

Muitas vezes ocorrem definições errôneas quanto a esses dois conceitos. Acredita-se que uma Extranet seria simplesmente um conjunto de Intranets de uma Instituição. Mas, se olharmos atentamente a definição de Extranet, podemos observar que ela não está necessariamente vinculada a uma Intranet, embora possa utilizar-se de tais recursos.

Outro conceito errôneo é imaginar que um funcionário acessando o site interno da empresa, fora de suas instalações, estará na verdade acessando uma Extranet. O que devemos ter bem claro, em mente, é que a Intranet é dirigida para o seu público interno (funcionários, diretores, proprietários, etc.) enquanto a Extranet tem como objetivo atingir fornecedores, parceiros, clientes, etc. (público externo).

Portanto, a título de ilustrar melhor esses conceitos, vejamos como isso funcionaria acessando um site de um banco qualquer. Uma pessoa que simplesmente esteja analisando em qual banco irá abrir a sua conta corrente, estará acessando o site simplesmente como um usuário geral, ou seja, como qualquer público, portanto estará entrando na Internet.

Se fosse um funcionário do banco, tendo senhas especiais para acessar conteúdos, que dizem respeito somente aos controles internos técnico/administrativos, estará acessando a Intranet da Instituição. Mesmo que para isso tenha que fazê-lo fora da empresa. E na situação de correntista do Banco, como cliente e principal parceiro nesse processo, com a posse de uma senha específica, estará acessando a Extranet. Nenhuma outra pessoa, em principio, poderá acessar esse material, que por questões de segurança, o banco somente libera os dados específicos desse cliente para movimentações.